Plano Pastoral

Plano Pastoral

CAMINHEMOS NA ESPERANÇA

Iniciamos este novo ano pastoral, á luz do Jubileu de 2025 e sob o lema diocesano “Caminhemos na Esperança”, uma chamada para sermos uma Igreja em movimento sinodal, respondendo ao convite de Jesus para seguirmos juntos na renovação das nossas comunidades.

Este ano, não só celebraremos a história da nossa fé, com os 1700 anos do Credo de Niceia, mas também renovaremos o nosso compromisso com a evangelização, numa atitude de conversão missionária permanente, em linha com as orientações do nosso Bispo.

Neste contexto, delineamos um conjunto de objetivos pastorais (ver o Plano Pastoral da UP para 2024-2025) que visam não apenas celebrar, mas também vivenciar a esperança no dia a dia das nossas comunidades, promovendo experiências de comunhão e uma cultura de encontro e de cuidado.

As propostas pastorais deste ano, como sempre, visam estar em sintonia com a visão e a missão da Igreja para o nosso hoje, quer a nível universal, quer a nível local. Destacamos, entre outros, as seguintes dimensões:

1. Com a Igreja a caminho do Jubileu

a) Estamos já a viver um momento especial com a segunda fase do Sínodo dos Bispos. Este processo sinodal é uma oportunidade de aprofundarmos o espírito de caminhar juntos, ouvindo e discernindo em comunidade o que o Espírito Santo nos pede. Procuremos promover momentos de partilha e escuta nos grupos pastorais e na vivência comunitária.

b) Além disso, 2024 é o Ano da Oração, uma oportunidade para redescobrirmos a centralidade da vida de oração nas nossas famílias e comunidades. Somos convidados a fazer da oração um caminho de unidade e encontro com Deus e com o próximo rumo ao grande Jubileu.

c) E, claro, preparamo-nos para o Jubileu 2025, com momentos celebrativos que envolverão em pleno. Será um ano de graça para todos, com o Jubileu dos Jovens a ser um ponto alto. Que seja ocasião para manter acesa a chama da esperança e ajudar os outros a recuperarem a confiança no futuro.

2. Com a Igreja diocesana em caminho sinodal

a) Em comunhão com o Patriarca de Lisboa, somos chamados a colaborar neste “sonho missionário de chegar a todos”. Este desafio convoca-nos a uma conversão missionária da pastoral, onde todos participam como testemunhas do Evangelho no quotidiano.

b) Na nossa Vigararia de Oeiras, a igreja jubilar será o santuário de Nossa Senhora da Rocha. Será uma oportunidade para podermos peregrinar algumas vezes a este lugar sagrado para confiar à Mãe de Deus as preocupações, sofrimentos e anseios, nossos e do mundo. Que este lugar sagrado de acolhimento possa gerar em nós uma redobrada esperança.

3. Com a Unidade Pastoral em Ano Vocacional

a) Em linha com o programa diocesano, sentimos a urgência em integrar e acompanhar os jovens na vida pastoral, mais ainda este ano que será um ano vocacional, marcado pelo privilégio raro da ordenação de vários jovens das nossas paróquias: do Simão e do Manuel em ordem ao sacerdócio e do Lourenço em ordem ao diaconado permanente.

b) Na nossa Unidade Pastoral, temos também desafios ousados, mas com grandes melhorias. Queremos avançar com as obras de reparação e remodelação da igreja de São Julião da Barra bem como do Centro Social Paroquial de Nova Oeiras. É fundamental que, enquanto comunidade, estejamos unidos nesta causa, reconhecendo que a renovação dos nossos espaços físicos é, ao mesmo tempo, uma renovação da nossa vivência espiritual e comunitária. Não se trata apenas de um projeto arquitetónico, mas de uma oportunidade para revitalizar a o nosso modo sinodal de ser Igreja.

A prioridade é a conversão missionária da pastoral, ou seja, um repensar profundo da vida e da ação das nossas paróquias para que sejam mais abertas, dinâmicas e centradas na missão de anunciar a Boa Nova. Precisamos de sair das nossas estruturas e de uma pastoral de manutenção para nos tornarmos uma Igreja em missão, que é sinal de esperança e está atenta às necessidades do mundo e próxima dos mais pobres.

Para nos motivarmos nesta prioridade, escolhemos como padroeiro o Beato Carlo Acutis, que será canonizado durante o Jubileu do próximo ano. Utilizando a tecnologia e as redes sociais, evangelizou e partilhou a sua paixão pela Eucaristia. A sua vida exemplifica a prioridade pastoral de levar o Evangelho a todos, em particular aos jovens. Assim como Acutis, somos todos convidados a ser discípulos missionários e peregrinos de uma esperança que será a força motriz que nos há de inspirar a construir caminhos de paz e reconciliação.

Pedimos à Virgem Maria, modelo e testemunha da esperança, que nos acompanhe ao longo deste ano e no acontecimento de graça que será o Jubileu. Como Ela, ancorados na esperança que não engana (Rom 5, 5), caminharemos juntos “sem perder de vista a grandeza da meta a que somos chamados: o Céu” (SNC 25).

Pe. Nuno Westwood e Equipa Pastoral
12 de outubro, dia do Beato Carlo Acutis