Ser Voluntário

Ser Voluntário

Sabia que há gente a precisar de si?

Temos muitos serviços onde a sua presença e a sua ajuda poderão dar um enorme contributo.

Se deseja ser voluntário paroquial, por favor preencha a ficha abaixo:

Organizações
Felizmente existem hoje em dia centenas, senão milhares de organizações de voluntariado, desde as mais simples e tantas vezes desconhecidas, até às mais conhecidas e com maior projeção internacional, como sejam os Médicos Sem Fronteiras, a AMI e outras, e, dentro da Igreja Católica, a Caritas Internationalis. Ainda  de entre as que têm maior projecção internacional, é imperioso mencionar aquelas que estão dentro do âmbito da ONU: UNICEF (para as crianças), o Alto Comissariado para os Refugiados e o Programa Mundial de Alimentação. Todas estas organizações desempenham um papel absolutamente indispensável no mundo moderno, em tantos casos, dominado pelo egoísmo que atende apenas ao bem pessoal ou da própria nação, esquecendo aqueles que perto ou longe necessitam de ajuda.

O «voluntariado» na Igreja
Colocamos voluntariado entre aspas, porque esta designação é moderna, mas a realidade que ela exprime data dos primórdios da Igreja. Podemos, com efeito, apontar como primeiro facto concreto do serviço de voluntariado a instituição dos sete diáconos (cf. Act 6, 3-6), com a finalidade principal de servir às mesas das viúvas pobres que não possuíam outro modo de subsistência que serem assistidas pela Igreja. E, falando de modo genérico, sabemos também pelos Actos dos Apóstolos que os primeiros cristãos punham tudo em comum, em serviço completo à comunidade (Act 2,42), ninguém chamando seu a nada.

Com o passar dos anos e a progressiva difusão da Igreja, esta prática do serviço confirmou-se como uma das práticas essenciais da comunidade fundada por Cristo. Esta, desde sempre, esteve persuadida que não podia descurar o serviço da caridade, do mesmo modo que não podia negligenciar os sacramentos ou a Palavra de Deus; sabia que estas realidades andam necessariamente unidas.

O verdadeiro espírito do serviço cristão
Desde os inícios da Igreja, como não poderia deixar de ser, o serviço social exterior que se cumpria era de facto concreto, mas era também e ao mesmo tempo, sem possível dissociação, um serviço espiritual que se concretizava no dever essencial da Igreja: o amor bem ordenado ao próximo.

Para a Igreja, o serviço não é, nem pode nunca ser, uma espécie de actividade de assistência social que se poderia deixar para outros, ou prestado dentro de um espírito simplesmente filantrópico, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência. Como afirma Bento XVI na Carta encíclica Deus é amor: «A ação prática torna-se insuficiente, se não aparecer no amor humano, um amor que se nutre do encontro com Cristo» (n. 34).

O serviço na Igreja não pode ser baseado em qualquer espécie de ideologia, por mais altruísta que ela seja, mas deve ser orientado pela fé que age através do amor (cf. Gl 5, 6), amor a Cristo, que quando é autêntico leva necessariamente ao amor ao próximo. O cristão que presta um serviço concreto ao próximo, deve poder afirmar de si mesmo aquilo que S. Paulo dizia aos cristãos de Corinto: «O amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14). Também noutras passagens, o apóstolo das gentes nos ensina que o amor é sempre algo mais que mera actividade (cf. 1 Cor 13).

O serviço voluntário fora da Igreja 
O voluntariado paroquial é vivido dentro da Igreja Católica e é um serviço prestado à «Comunidade cristã». Isto não significa, contudo, uma exclusão do serviço prestado noutros âmbitos, o que deve manifestar-se em duas vertentes principais.

A primeira, no reconhecimento e apreço do voluntariado prestado seja por quem for, porque o essencial é o serviço prestado e não a sua origem ou motivações. Existem, de facto, muitas organizações que não têm um vínculo com a Igreja, mas isso nada tira, evidentemente, ao seu mérito e eficiência. Curiosamente, no juízo final (cf. Mt 25, 31-45), quando Cristo louvar aqueles que prestaram serviço aos outros em várias circunstâncias, eles observam que ignoravam que neles estava Cristo, mas isto não impediu que Jesus louvasse essa ajuda, como se fosse feita a Ele.

A segunda vertente é a da colaboração que a Igreja deve realizar com outras instituições fora do seu âmbito, como recomenda, por exemplo, o Papa émerito na sua Carta encíclica Deus é amor: «A abertura interior à dimensão católica da Igreja não poderá deixar de predispor a sintonizar com outras organizações que estão ao serviço das várias formas de necessidade» (n. 34).